Obesidade - Epidemia Global
 

- Já considerada como uma epidemia global, a obesidade cresce, e muito, entre nossos adolescentes e crianças. Hoje, 10% das crianças brasileiras estão acima do peso e 5% podem ser consideradas obesas - já temos mais obesidade do que desnutrição. Os últimos dados do Ministério da Saúde datam de 1989 e novamente já devem estar desatualizados. Alguns estudos indicam que nas grandes capitais do Sul e Sudeste a incidência de obesidade saltou de 7,8% para 22,3% nos últimos cinco anos.
- Por vezes os pais não conseguem reconhecer a obesidade do filho, o que nos faz pensar que muitas crianças obesas não estão recebendo atendimento adequado. Em 20 anos, o número de crianças e adolescentes obesos no país aumentou 240%.
No sul e sudeste do Brasil a obesidade é mais prevalente e, por certo, bem mais ameaçadora que a desnutrição. O porquê disso leva a acreditar que elas estão consumindo mais comidas e bebidas industrializadas, ricas em calorias e pouco nutritivas.
- Também auxilia o fato de que se fica muito tempo em frente à TV, computador, videogame e esta inatividade física contribui para que nossas crianças fiquem mais gordas, porém também pior nutridas. Ficam vulneráveis a males como pressão alta, níveis elevados de colesterol e diabetes tipo 2.
- Quanto mais velha a criança, maior os riscos de se tornar um adulto obeso, dessa forma é indiscutível o acompanhamento com pediatra e encaminhamento para o endocrinologista, quando necessário.
- Outro dado que chama a atenção em criança com aumento de peso é que dificilmente as medidas para auxiliar a redução ou manutenção do peso com saúde darão certo se a família inteira não cooperar. A ajuda do pai, mãe, avós, etc., é imprescindível para o sucesso do tratamento.
- O maior e principal recado que se pode deixar aos pais é que apostem todas as fichas no quesito prevenção. E isso implica desde o início, com o aleitamento materno exclusivo sendo incentivado. Seguido por hábitos alimentares mais saudáveis desde tenra idade, onde devemos incentivar muito uma alimentação mais natural, mais magra.
No sentido de utilizar menos número de alimentos industrializados e dar preferência aos que proporcionam melhor valor nutricional, incluindo muitas verduras, legumes, frutas, carnes e queijos magros.
- Fazer da hora da alimentação um momento de prazer com a família reunida, preparar pratos mais coloridos, levar as crianças para ajudar no preparo e explicar a ela o valor de cada nutriente.
- Uma dica seria a de oferecer lanches balanceados nas escolas e proibira venda de refrigerantes, doces, bolos, chicletes, frituras e outros alimentos de efeito danoso nas cantinas.

• Dra. Iara Kwiecinski
Pediatria e Adolescência
CRM-PR 22375

Rotavírus

A infecção pelo rotavírus é a causa mais comum de diarréia grave e de desidrataçào na infância em todo mundo, acometendo, principalmente, crianças de até cinco anos de idade. Este vírus multiplica-se no sistema digestório, produzindo sintomas iniciais como mal-estar, febre e vômito, seguido de diarréia aquosa. Uma característica importante do vírus é sua alta contagiosidade, sendo transmitido através da via fecal-oral e pelo contato pessoa a pessoa. Também pode ser encontrado em brinquedos e superfícies de ambientes, tais como pré-escolas e escolas. O tratamento baseia-se principalmente na hidratação do doente. Medidas simples, como o uso de soro caseiro, são muito eficientes e podem salvar vidas. Este soro é feito dissolvendo uma colher de café de sal e uma colher de sopa de açúcar em um litro de água. Por tudo isso, lavar as mãos antes e depois de ir ao banheiro, antes das refeições e depois de trocas de fraldas é imprescindível para prevenção, assim como lavar bem os alimentos e ferver a água antes de toma- lá. A vacina contra o vírus esta incluída no calendário de vacinação básico e é administrada através de duas doses, sendo a primeira aos dois meses de idade e a segunda aos quatro meses. É importante levar a criança acometida ao pediatra quando o risco de desidratação for grande. Isto acontece quando houver diarréia intensa (sete ou oito evacuações em um dia), ou presença de sangue nas fezes. No caso de diarréia leve, o uso do soro caseiro é recomendado. Caso a criança vomite todas as vezes que ingerir líquidos, ou após administração do soro oral, o risco de desidratação aumenta. E se mesmo após a administração do soro caseiro a criança ainda manifestar sinais de desidratação, como olhos fundos, pouca urina e uma pequena quantidade de lágrima e saliva, deve-se procurar um pediatra o mais rápido possível.

• Dra. Iara Kwiecinski
• CRM-PR 22375

• Tatiane Migliorini
• Acadêmica de Medicina pela Universidade Positivo

 

Vacinação-Programa Nacional de Imunizações ( Calendário )
Calendário básico de vacinação (crianças)

Idade

Vacinas

Dose

Ao nascer

BCG-ID

dose única

Hepatite B

1ª dose

1 mês

Hepatite B

2ª dose

2 meses

Tetravalente (DTP + Hib)

1ª dose

VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin)

1ª dose


 VORH (vacina oral contra rotavírus humano)
 1ª dose

4 meses

Tetravalente (DTP + Hib)

2ª dose

VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin)

2ª dose


 VORH (vacina oral contra rotavírus humano)
 2ª dose

6 meses

Tetravalente (DTP + Hib)

3ª dose

VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin)

3ª dose

Hepatite B

3ª dose

9 meses

Febre amarela

dose única

12 meses

SRC (tríplice viral, MMR)

dose única

15 meses

DTP (tríplice bacteriana)

1º reforço

VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin)

reforço

4 - 6 anos

DTP (tríplice bacteriana)

2º reforço

SRC (tríplice viral, MMR)

reforço

10 anos

Febre amarela

reforço

 

© 2008 Clinica da Criança. Todos os direitos reservados